Advocacia Predatória: entenda melhor o conceito!

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A advocacia predatória é uma prática que tem gerado preocupações no campo jurídico.

Envolve o ajuizamento massivo de ações judiciais sem mérito substancial, visando ganhos financeiros. Isso sobrecarrega o sistema judiciário, aumenta os custos legais e pode prejudicar partes legítimas em busca de justiça.

Este texto visa  explorar a natureza e impacto da advocacia predatória, destacando as questões éticas e legais associadas a essa prática.

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O que é a advocacia Predatória?

A advocacia predatória é uma estratégia legal que envolve o registro de uma quantidade significativa de ações judiciais muito semelhantes ou quase idênticas, sem contribuir substancialmente para a resolução de conflitos.

Essas ações geralmente apresentam petições judiciais carentes de detalhes específicos, contendo alegações genéricas.

O objetivo principal é disseminar as reivindicações em um grande número de processos judiciais, na esperança de aumentar a quantidade de indenizações a serem obtidas.

Como identificar a Advocacia Predatória?

Para identificar a advocacia predatória, é necessário considerar diversos fatores, como:

Taxa de entrada de processos: É importante verificar se um advogado ou escritório de advocacia está ingressando com um número de ações muito acima do comum, levando em conta as circunstâncias. O padrão de litigância excessiva é um sinal revelador.

Qualidade das petições: É preciso analisar as petições judiciais para determinar se elas são carentes de detalhes concretos e se consistem principalmente em alegações genéricas. Com frequência, a advocacia predatória se baseia em petições padronizadas que não levam em consideração as peculiaridades de cada caso.

Natureza das ações e alegações: A observação dos tipos de ações judiciais e das alegações apresentadas é fundamental. Se um advogado está constantemente movendo processos idênticos em diferentes casos, sem mérito substancial, isso pode ser um indício de advocacia predatória.

Comportamento processual: É importante observar o comportamento do advogado durante a condução dos processos judiciais, incluindo a apresentação de documentos em atraso, a ausência em audiências ou outras práticas que possam sugerir uma falta de seriedade na busca pela resolução eficaz de conflitos.

Padrões de atuação em diferentes jurisdições: A litigância predatória frequentemente envolve a movimentação de processos em diversas jurisdições, com o intuito de aumentar o número de processos e, consequentemente, de indenizações. Portanto, analisar se um advogado ou escritório atua dessa forma em várias localidades é relevante.

A advocacia predatória é muitas vezes vista como antiética e prejudicial ao sistema judiciário, pois pode sobrecarregar os tribunais, atrasar a resolução de casos legítimos e criar um ambiente desfavorável para a administração eficaz da justiça.

Portanto, identificar e combater essa prática é de interesse não apenas das partes envolvidas, mas também do sistema judiciário como um todo.

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Quais os prejuízos da advocacia predatória?

A advocacia predatória pode causar vários prejuízos, tanto para o sistema judiciário quanto para as partes envolvidas. Alguns dos principais prejuízos incluem:

Sobrecarga do sistema judiciário: O ajuizamento em massa de ações judiciais sem mérito real consome recursos preciosos do sistema judicial, sobrecarregando os tribunais e atrasando o processamento de casos legítimos. Isso prejudica a eficiência do sistema judiciário e pode levar a atrasos substanciais na resolução de litígios válidos.

Aumento de custos legais: A proliferação de ações judiciais sem mérito pode aumentar significativamente os custos legais para todas as partes envolvidas. Isso inclui custos com advogados, taxas judiciais e despesas relacionadas a processos judiciais. O aumento de custos pode ser particularmente oneroso para as partes que precisam se defender contra a advocacia predatória.

Prejuízo para as partes legítimas: A advocacia predatória pode prejudicar as partes que têm litígios legítimos e buscam uma resolução justa de seus problemas legais. A sobrecarga do sistema judicial e a diluição de recursos podem dificultar o acesso à justiça para essas partes, prolongando a resolução de seus casos.

Deterioração da reputação da advocacia: A advocacia predatória mina a confiança do público no sistema legal e na profissão de advogado. Isso pode prejudicar a reputação de advogados e escritórios de advocacia em geral.

Sanções e penalidades disciplinares: Os advogados que se envolvem em práticas predatórias estão sujeitos a sanções disciplinares e legais, como suspensões da prática da advocacia, multas e outras penalidades. Isso pode afetar negativamente suas carreiras e meios de subsistência.

Carga emocional e estresse para as partes envolvidas: As partes envolvidas em casos de advocacia predatória podem sofrer emocionalmente devido à duração prolongada dos processos e às incertezas associadas a litígios inúteis. Isso pode causar estresse adicional e ansiedade.

Ineficácia na resolução de disputas: A advocacia predatória não contribui para a resolução eficaz de conflitos, uma vez que as ações são frequentemente vazias de mérito. Isso pode levar a uma falta de resolução substancial de disputas legítimas e, em última instância, não atende ao propósito fundamental do sistema legal.

Em resumo, a advocacia predatória é amplamente vista como uma prática prejudicial e antiética, que tem consequências negativas tanto para o sistema judiciário quanto para as partes envolvidas.

Ela pode levar a custos adicionais, atrasos na resolução de casos e a uma deterioração da confiança no sistema legal e na profissão de advogado.

Conclusão

Em conclusão, a advocacia predatória representa uma ameaça ao sistema legal e à busca da justiça.

Seu impacto negativo, incluindo sobrecarga de tribunais, aumento de custos e diluição de recursos, destaca a importância de regulamentações e sanções eficazes para combater essa prática.

Preservar a integridade do sistema judiciário é essencial para garantir o acesso à justiça e a proteção dos interesses legítimos das partes envolvidas.

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