Inadimplência e ADI 5941: como a decisão do STF pode impactar seus clientes?

Recentemente, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5941, que examinou a constitucionalidade da determinação de apreensão a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e de passaporte, a suspensão do direito de dirigir e a proibição de participação em concurso e licitação pública como medidas para assegurar o cumprimento de ordem judicial. 

 

Na ação, o Partido dos Trabalhadores (PT) questionou o artigo 139, inciso IV, do novo Código de Processo Civil (2015), que autoriza o juiz a determinar medidas coercitivas necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto a prestação pecuniária. 

 

O partido alegou que a busca pelo cumprimento das decisões judiciais, por mais legítima que seja, não pode se dar sob o sacrifício de direitos fundamentais nem atropelar o devido processo constitucional.

 

Neste artigo, você irá conferir detalhes sobre essa decisão e seu impacto no mundo jurídico.

O que diz o artigo 139, IV do CPC

 

O artigo em questão estabelece que o juiz pode determinar todas as medidas necessárias para assegurar o cumprimento de uma decisão judicial, inclusive a imposição de multa diária (astreinte) e a busca e apreensão de bens.

 

A discussão envolvia a possibilidade de o juiz determinar medidas executivas atípicas, ou seja, medidas que não são previstas expressamente na lei processual, mas que são necessárias para garantir a efetividade da decisão.

 

Por maioria de votos, o STF decidiu pela constitucionalidade do artigo 139, IV, do CPC/2015. Segundo a maioria dos ministros, o dispositivo é constitucional porque está de acordo com o princípio da efetividade do processo, que busca garantir a realização do direito material tutelado pela decisão judicial.

 

Os ministros destacaram que a medida executiva atípica não pode ser utilizada de forma abusiva ou desproporcional, e deve sempre respeitar os direitos fundamentais das partes envolvidas no processo.

 

Além disso, os ministros enfatizaram que a medida executiva atípica deve ser utilizada de forma subsidiária, ou seja, somente após esgotadas as medidas executivas típicas previstas em lei.

 

A decisão do STF é de grande importância para a prática da advocacia, pois reforça a necessidade de se buscar a efetividade da decisão judicial. Os advogados devem estar atentos para que seus clientes cumpram as decisões judiciais e, caso contrário, devem buscar a imposição das medidas executivas necessárias para garantir a realização do direito tutelado.

 

É importante ressaltar, porém, que a utilização de medidas executivas atípicas deve sempre respeitar os direitos fundamentais das partes envolvidas no processo, bem como às disposições legais e constitucionais aplicáveis ao caso concreto.

Decisão da ADI 5.941/DF e suas consequências

 

A decisão do STF na ADI 5.941/DF traz diversas consequências para a prática da advocacia. A seguir, elencamos algumas delas e como os advogados devem instruir seus clientes, veja:

Efetividade da decisão judicial: a decisão reforça a necessidade de se buscar a efetividade da decisão judicial, garantindo a realização do direito tutelado. Os advogados devem instruir seus clientes a cumprir as decisões judiciais e buscar formas de cumprimento mais benéficas. 


Responsabilidade do cliente: os clientes devem compreender que, em caso de descumprimento, poderão ser responsabilizados civil, criminal e administrativamente, é função do advogado expor as consequências conforme o caso.


Medidas executivas atípicas: a decisão do STF permite a utilização de medidas executivas atípicas, com isso, os advogados devem orientar seus clientes sobre as possíveis medidas executivas que podem ser utilizadas para garantir a efetividade da decisão judicial.


Esgotamento de medidas executivas típicas: a decisão do STF reforça a necessidade de se esgotarem as medidas executivas típicas previstas em lei antes da utilização de medidas executivas atípicas. Os advogados devem orientar seus clientes sobre as medidas executivas previstas em lei e indicar os melhores cenários para os seus clientes.


Respeito aos direitos fundamentais: a decisão do STF ressalta a importância do respeito aos direitos fundamentais das partes envolvidas no processo. Os advogados devem estar atentos às decisões do processo, para garantir o melhor resultado processual para seus clientes, bem como se não há ferimento a direitos ou princípios.


Proporcionalidade e razoabilidade: as medidas executivas atípicas devem ser utilizadas de forma proporcional e razoável, evitando abuso ou desproporção em relação ao objetivo pretendido. Os advogados devem se atentar se as medidas executivas estão sendo propostas de forma equilibrada e justa.


Conclusão

 

Com a decisão do STF na ADI 5.941/DF, o cenário jurídico brasileiro sofreu importantes mudanças, trazendo novos desafios e oportunidades para os advogados. É essencial que esses profissionais se mantenham atualizados em relação às questões contemporâneas do direito, a fim de oferecer o melhor serviço para seus clientes.

 

Nesse sentido, a realização de cursos de pós-graduação pode ser uma excelente opção para aprimorar seus conhecimentos e habilidades. Através de uma formação de qualidade, os advogados poderão se destacar no mercado e atender às demandas dos clientes de forma cada vez mais eficaz e competente.

 

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