7 dicas para gestão financeira do advogado autônomo

Todo advogado autônomo precisa aprender a gerir seu próprio escritório, e a gestão financeira é um dos pontos mais importantes para ter uma carreira de sucesso.
Descobrir como administrar os honorários recebidos, como estabelecer metas de ganhos e como lidar com a saúde financeira do escritório tem se tornado crucial para que o advogado construa seu plano de carreira, sem passar por períodos de dificuldade.
Reunimos as melhores dicas para ajudar um advogado autônomo a manter suas finanças sob controle enquanto constrói um escritório de advocacia de excelência! Confira!
⦁ Tenha metas de ganho;
⦁ Crie uma conta para o escritório;
⦁ Registre suas despesas;
⦁ Livre-se das dívidas;
⦁ Tenha um caixa emergencial;
⦁ Mantenha-se com o mínimo;
⦁ Modere suas ambições.

1. Tenha metas de ganho
Independentemente de quão ambiciosos sejam seus planos de rendimentos, não saber exatamente quanto quer ganhar mensalmente pode, inevitavelmente, fazer com que você ganhe bem menos. Se você sabe o que quer, será um processo muito mais simples para planejar e atingir suas metas, principalmente quando se trata da gestão financeira do seu escritório.
Estabelecer metas pode ajudar a organizar os custos e criar uma estratégia clara para atingi-las, sem prejudicar a saúde do seu negócio.
Pode ser uma boa ideia criar uma tabela com seus clientes atuais e recorrentes, analisando os dados financeiros para determinar quantos clientes você precisa em média para manter um valor fixo mensal. Esse valor será seu prolabore, ou seja, uma espécie de salário que você paga a si mesmo.
Esse planejamento é essencial para seus objetivos de médio e longo prazo, sendo um fator primordial para o crescimento do seu escritório.
Leia também: Como administrar um escritório sozinho?

2. Crie uma conta para o escritório
Como advogado autônomo será mais inteligente (e profissional) manter suas finanças pessoais e empresariais separadas. Se você mantiver todos eles em uma única conta bancária, será muito mais difícil controlar suas despesas.
Além disso, ter uma conta própria para seu escritório ajudará a ter consciência de seus gastos variáveis, favorecendo a criação de estratégias para uma rotina mais econômica.
O mais importante nessa etapa é escolher o banco certo para o seu perfil, que se adeque ao tamanho e as necessidades do seu escritório. Alguns bancos são mais flexíveis e possuem taxas mais baixas, além de diversos benefícios gratuitos, esses tipos de bancos são melhores para advogados autônomos e escritórios de advocacia de pequeno porte.
Faça pesquisas para decidir qual banco é melhor para o seu escritório e lembre-se de não usar sua conta comercial para pagar uma despesa de cunho pessoal.

3. Registre suas despesas
Para garantir que seu escritório não seja surpreendido financeiramente, é crucial acompanhar todos os seus gastos e despesas.
Anote todas as suas despesas, fixas, avulsas e inesperadas, essa será uma forma de você controlar seus gastos, otimizar economias e monitorar a saúde financeira do seu escritório.
O rastreamento de despesas não precisa ser complexo, mas será de grande ajuda utilizar aplicativos ou softwares jurídicos para finanças. Isso irá proporcionar maior controle sobre a entrada e saída de dinheiro referente aos seus serviços advocatícios.
Você pode gostar: Medo de advogar: e agora?


4. Livre-se das dívidas
Seja pelo financiamento da faculdade, seja por empréstimos para mobiliar o escritório, muitos advogados autônomos contraem dívidas que se perpetuam por anos de suas carreiras.
Se você quer ter uma gestão financeira realmente eficaz, deve começar por um plano para quitar suas dívidas, não importa quão exorbitantes sejam.
A melhor arma que você tem para se livrar dos seus débitos e colocar em voga seu perfil negociador. Converse com seu gerente do banco ou responsável pelo setor da suas dívidas e verifique condições especiais para a quitação.
Pode ser que você não consiga boas propostas em todas as suas tentativas, mas se livrar das dívidas será determinante para garantir a expansão do seu escritório.

5. Mantenha-se com o mínimo
Em se tratando de um advogado que atua de forma autônoma, muitas vezes você não terá o lucro que imaginou, mas isso acontece com todos os tipos de negócios.
No entanto, é extremamente importante conhecer seu próprio estilo de vida, e aprender a viver com um “mínimo essencial”. Claro que esse mínimo varia de acordo com a personalidade e costume de cada advogado, por isso você deve levar em consideração principalmente seus gastos fixos mensais de origem pessoal, assim, saberá não só quanto precisa lucrar para se manter, mas também quanto do valor excedente poderá retirar para capital de giro, caixa emergencial e até mesmo uma bonificação para o seu lazer.
Mesmo definindo um valor, é normal que ele se altere com frequência, principalmente quando você dá saltos na carreira, como por exemplo se tornar um advogado especialista.
Conhecer esses detalhes também ajuda você a orçar seus gastos pessoais com mais exatidão. Ao planejar suas finanças pessoais de uma maneira mais eficiente, você também impactará na evolução do seu escritório, pois seu estilo de vida pessoal influencia diretamente no orçamento do seu escritório.
Tenha sempre em mente que administrar uma empresa solo significa que é o seu negócio em primeiro lugar e seu salário em segundo. Lembrar disso pode ajudá-lo a avaliar e proteger suas finanças pessoais e profissionais.
Em alta: Se especialize em Direito, Inovação e Tecnologia!

6. Tenha um caixa emergencial
Ter um plano de contingência deveria ser um requisito de todo advogado autônomo, mas na prática, poucos profissionais se preocupam em construir uma reserva de emergência.

Essa dica tem tudo a ver com o que foi dito acima, pois ao conhecer seu estilo de vida, você irá trabalhar para atingir mensalmente o necessário para viver ao seu modo, e o excedente deve ser reservado para períodos de crise ou baixa de clientes.
Como autônomo, você nunca sabe ao certo o que pode acontecer no futuro. Você pode ficar impossibilitado de exercer a advocacia por motivo de doença, sofrer uma perda substancial de clientes ou algum outro tipo de tragédia pessoal ou profissional inesperada.
Criar um caixa para emergências ajuda você a permanecer mais calmo mesmo em situações desesperadoras. Isso garante que, se algo der errado, você tem um plano financeiro para se apoiar.
Vale ressaltar que essa reserva emergencial é para o seu negócio, mas é uma boa ideia ter uma reserva a nível pessoal, afinal, como você leu anteriormente, as finanças pessoais e comerciais não devem se misturar!
Leia também: 5 Dicas poderosas para prospectar clientes na advocacia!

7. Modere suas ambições.
Muitos advogados decidem ser autônomos por falta de oportunidade ou por quererem ser “seus próprios chefes”. Apesar de todos os benefícios de trabalhar para si mesmo, você também carregara sozinho todas as responsabilidades das suas más decisões financeiras.
Por isso você deve sempre moderar suas ambições. Isso não significa que você deve limitar o crescimento do seu escritório ou seu sucesso profissional, muito pelo contrário, significa que você deve determinar uma estratégia para conquistar o que deseja, mas respeitando o momento da sua jornada na advocacia.
Dar “um salto maior que as pernas” assumindo compromissos financeiros que não condizem com a realidade de seus ganhos, só irá causar prejuízos e atrasos na sua carreira.
Dessa forma, não tenha medo (nem vergonha) de economizar no que for superficial. Muitos advogados são induzidos por seu ego a apresentarem um estilo de vida maior do que realmente possuem, e essa mentalidade de ostentação pode ser o início da sua ruína profissional.

Conclusão
Essas dicas de gestão financeira para advogados autônomos são um passo importante para advogados em início de carreira ou em expansão, por isso recomendamos que você implemente todas elas!
Para realmente gerenciar seu escritório de um jeito inteligente e lucrativo, você precisa buscar conhecimento de alto valor e uma metodologia prática!
Conheça nosso MBA em Gestão Estratégica da Advocacia!



plugins premium WordPress